sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Visoes da 7ª Bienal

Manifesto 2

A literatura de um país pobre
não pode ser pobre de idéias.
Pobre da arte de um país
pobre de idéias
Pobre da ciência de um país
pobre de idéias.
Num país pobre,
não se pode desprezar
nenhum repertório.
Muito menos
os repertórios mais sofisticados.
Os mais complexos.
Os mais difícies de aceitar à primeira vista.
Lembre-se de Santos Dumont.
Sempre haverá quem diga
que num país pobre
não se pode ter energia nuclear
antes de resolver o problema
da merenda escolar.
Errado.
Num país pobre,
movido a carro de boi,
é preciso por o carro na frente dos bois.


"[...] Todos os caminhos levam ao mesmo ponto:à comunicação do que somos. E é preciso atravessar a solidão e a aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico em que podemos dançar torpemente ou cantar com melancolia; mas nesta dança ou nesta canção estão consumados os mais antigos ritos da consciência de ser homem de crer em um destino comum"

"A Arte, em lugar de ser um objeto feito por uma pessoas, é um processo desencadeado por um grupo de pessoas. A Arte está socializada. Não é alguém dizendo alguma coisa, mas pessoas fazendo coisas, dando a todos ( inclusive àqueles envolvidos) a oportunidade de ter experiências que de outra forma não teriam tido."


LEMINSKI, Paulo. Ensaios e Anseios.Curitiba:Polo Editorial Paraná, 1997. p.15
Paulo Neruda, fragmento do discurso lido pelo poeta chileno na entrega do Nobel de Literatura em 1991
CAGE, John. De segunda a um ano. São Paulo: editora Hucitec,1985. p.151

Estes textos também pode ser encontrado no material Pedagógico da 7ª Bienal do Mercosul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário