Ao selecionar os objetos para confeccionar meu prensauto foi preciso levar em conta o tamanho dos mesmos e, acabei selecionando os menores: um mini frasco de perfume e uma canetinha verde.
O frasco com seu perfume, para mim, simboliza a idealização da vida, o sonho e,ainda, os pequenos gestos que fazemos e/ou recebemos que nos deixam imensamente felizes.
A canetinha, escolhi o verde por ser uma cor forte, chamativa. Ela é minha companheira diária, simboliza a minha procura constante de novos desafios e conhecimentos.
Acredito que a percepção dos outros, em relação aos objetos escolhidos, deva ir de encontro a minha percepção; que o perfume deva ser percebido como algo que dá um toque a mais, especial na vida das pessoas, especialmente das mulheres.
A caneta pode ser percebida como símbolo de resistência e luta, já que a obra foi feita por uma professora.
Antes do prensauto meus objetos artísticos eram as tintas, os pincéis, pois tivemos uma disciplina de Artes Visuais chamada Arte e Processo, onde utilizamos a pintura. E, antes disso, meus objetos de arte se resumiam as agulhas de tricô e meus objetos de trabalhar no jardim, que ficam na casa da minha mãe.
Exporia meus trabalhos de prensauto num dos pavilhões da escola (pois temos um espaço muito bom), junto com os trabalhos realizados com meus alunos. Junto com as obras finais que ficariam nas paredes, seria colocado um histórico da elaboração dos prensautos pela turma, exposição da forma de argila que ficaria sobre uma bancada e, um depoimento de cada aluno junto de seu presauto.
Acho que o prensauto traria um questionamento bastante válido “por que todas as obras são os próprios pés dos estudantes?”. Essa pergunta deixaria margem para uma reflexão interessante.
Com certeza os objetivos cumpridos foram além das expectativas iniciais, que foram de ansiedade, a medida que fui fazendo o prensauto a imaginação foi voando e realmente se tornou uma obra poética.